terça-feira, 11 de abril de 2017

A Mulher de Deus: Tornando-se Ester


“Em chegando o prazo de cada moça vir ao rei Assuero, depois de tratada segundo as prescrições para as mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias de seu embelezamento, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias e com perfumes e ungüentos em uso entre as mulheres), então, é que vinha a jovem ao rei…” Ester 2:12-13
Eu sempre fico abismada com o tipo de preparação que a futura rainha Ester teve que passar antes que fosse apta para se apresentar ao rei Assuero. Alguma de nós estaria disposta a passar por doze meses de tratamento de beleza antes de conhecer o homem dos nossos sonhos? É provável que não, mas imagine a possibilidade. Um ano separado para apenas um único propósito: Se tornar tudo o que você for capaz de ser para aquele a quem você mais ama. Tempo precioso para cultivar beleza, fazer investimentos em educação e etiqueta, fortalecer virtudes e construir caráter.
A preparação de Ester me lembra daquele precioso tempo entre o despertar do desejo no coração de uma jovem mulher de compartilhar sua vida com um companheiro e o momento de subir ao altar. Para muitas, esse tempo de preparação é visto como nada mais que um tempo de espera. Mulheres solteiras freqüentemente vêem a si mesmas como sentadas na prateleira enquanto a vida passa por elas, ou sentadas no banco enquanto outras jogam. Não percebem que estão desperdiçando o período mais importante de suas vidas, estão privando a si mesmas de grande alegria e recompensa, estão privando seus futuros maridos de uma mulher mais virtuosa e estão privando a Deus de uma serva através da qual Ele deseja fazer coisas grandiosas.
Assim como Ester teve que estar preparada antes que pudesse ser rainha de um reino inteiro, a mulher também deve estar preparada antes que possa embarcar em um dos mais importantes e difíceis chamados na vida: O matrimônio e a maternidade. Ester teve que aprender os costumes do reino em que vivia, teve que aprender as práticas da vida na corte e os desafios intelectuais, emocionais e espirituais da posição superior. Para simplificar, Ester tinha que ser convertida de uma jovem moça a uma rainha antes mesmo que ela pudesse ter o título e exercer o papel. Da mesma forma, a mulher cristã solteira deve aprender os costumes do Reino dos Céus antes mesmo que se una àquele que Deus está preparando para ela. Ela deve estar preparada intelectualmente, emocionalmente e espiritualmente, não por um oficial do tribunal em algum templo pagão, mas pelo próprio Deus, sua Palavra e outras mulheres de Deus que foram preparadas antes dela.
O celibato não é um desperdício de tempo ou uma condenação a ficar sentada no banco, mas um tempo que Deus separou especialmente para fazer da mulher o que Ele quer que ela seja, e usá-la de formas que poderiam ser impossíveis após o casamento. O celibato é um tempo no qual uma mulher deve cultivar as virtudes que pertencem a uma mulher de Deus, para assim poder oferecer ao seu futuro marido e ao mundo algo mais do que apenas um rosto bonito.
Lembre-se no seu celibato que você não é a única solteira, mas seu futuro marido está passando pelo mesmo estágio que você. Não seria terrível finalmente conhecer o homem que irá se tornar seu marido só para descobrir que ele usou seu próprio celibato para servir a Deus e preparar-se para ser um marido melhor para você, enquanto que você não usou a liberdade de seu celibato para servir ao Senhor, nem tirou vantagem alguma do treinamento que Deus lhe ofereceu? Também não seria terrível perceber que seu marido passou seus dias como homem solteiro orando diariamente pelas suas necessidades e pela obra de Deus na sua vida, enquanto você sequer orou por ele, nem respondeu à graça de Deus que lhe foi dada como um resultado das orações dele?
É algo maravilhoso quando Deus abençoa a uma mulher com um marido. Aquele alguém especial é “simplesmente perfeito” para ela ao que foi, de forma cuidadosa e pensativa, desenhado por Deus para ser um em união com ela. É tamanho o prazer para a mulher olhar para trás e lembrar como Deus a capacitou para esperar n’Ele e que Ele foi fiel em abençoá-la. É ainda maior o prazer para ela saber que seu tempo como uma mulher solteira foi também um tempo de buscar a Deus e ser fiel a Ele em seu propósito. Que não quis nem por um momento fugir daquele estado, mas desejou apenas confiar em Deus e esperar em sua graciosa soberania.
De nenhuma maneira é uma tragédia ser uma mulher cristã solteira, mas o caminho do mundo mais uma vez se infiltrou na Cristandade com a falsa idéia de que é. Uma das maiores mentiras é que se você não “tem alguém” ou não está “procurando alguém”, há algo de errado com você. Outra mentira é que a mulher solteira deveria estar namorando por aí como se procurar um marido fosse como fazer compras num shopping. Uma mentira ainda mais forte é que a mulher solteira deveria estar dando seu carinho indiscriminadamente para que se torne “mais experiente” e saiba como fazer quando finalmente encontrar o homem de sua escolha. Minha cara cristã, é uma mentira e uma afronta a Deus dizer que a experiência é a melhor professora, e apesar do lema do mundo ser “vivendo e aprendendo”, o conselho da Bíblia é “aprendendo e vivendo”. Você não precisa ter experiência, você só precisa ser conhecedora do que Deus disse e obediente a isso. Você não deveria estar procurando pelo homem de sua escolha, mas deveria estar esperando pelo homem da escolha de Deus. E quando ele vier, não serão experiências passadas que farão seu casamento funcionar, mas a castidade passada, pureza e santidade. Deveríamos esconder nossos rostos dos caminhos e experiências desse mundo perverso e buscar apenas aquilo que Deus colocou no caminho que Ele preparou para nós.
Deus sabe exatamente o que você precisa e até mesmo sabe os desejos de seu coração melhor do que você mesma. Deus ama surpresas. Ele não quer que você procure por seu marido. Ele quer trazê-lo até você, e provavelmente quando você menos esperar. Se você desobedece a esse conselho, como tantas outras mulheres antes de você, e passa a procurar por si mesma um parceiro, você pode encontrar alguém, mas as chances são de o alguém que você encontrar, não ser o certo.
Como mulheres, nossa natureza deseja a companhia e o companheirismo de um homem. Isso vem de Deus e, portanto é bom. Mas ao mesmo tempo, estamos erradas em pensar que a morte será o resultado se essa necessidade não for suprida. Necessitar de outro como companheiro não é como a necessidade de respirar. Ou seja, você pode sobreviver sem um companheiro pelo menos até que Deus tenha feito sua perfeita obra em você. Lembre-se das Escrituras: “Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além de vossas forças.” 1 Coríntios 10:13
Descobri que há duas razões primárias do porque alguém precisa “desesperadamente” de outra pessoa. Em primeiro lugar, é porque não conhecem a Deus como deveriam. Deus não é o Deus de todo o conforto? Cristo não é o Senhor exaltado que completa tudo em todo lugar? Então porque reclamamos sobre quão vazias e sozinhas nos sentimos? Não pode ser que Deus aumente nosso tempo de celibato para que possamos encontrar vida n’Ele e aprendamos a ser completas n’Ele? Se buscamos nos casar porque sentimos que um marido irá satisfazer nossas vidas ou irá de alguma forma nos fazer completas, seremos severamente desapontadas em nosso casamento. Nenhum homem, não importa o quão parecido com Cristo, poderia de alguma forma tomar o lugar de Deus em nossas vidas, e pensar tal coisa é pura idolatria. Se não somos satisfeitas por Deus agora e completas em Cristo no presente, então nem sequer um casamento feito nos céus será capaz de mudar nosso vazio.
A segunda razão para a desesperada necessidade de alguém em nossas vidas é o pleno egoísmo. Quando precisamos de alguém para que nos sintamos amadas, ou quando precisamos de alguém para que nossos sentimentos de solidão sejam dissipados, então estamos querendo o casamento pelas razões erradas. O matrimônio não deveria ser encarado como uma oportunidade de ter nossas necessidades conhecidas, mas de conhecer as necessidades de outro. Se não aprendemos a levar nossas necessidades a Deus, então provavelmente vamos oprimir nossos maridos com nossas próprias necessidades e sequer ter conhecimento das dele. Conheci cristãs que desperdiçaram seus dias consumidas com suas próprias necessidades e constantemente lamentando sobre o motivo de Deus não ter trazido alguém em sua vida. Mas por que Deus deveria confiar um homem de Deus a uma mulher que está absorvida em si mesma e suas próprias necessidades, e não usa a liberdade de seu celibato para servir a Deus e preparar-se para os propósitos d’Ele? Tal mulher teria pouco para oferecer a um homem de Deus!
Minha querida amiga, ser solteira, assim como ser casada, deveria ser considerado um momento muito especial e desfrutável na providência de Deus. Não deveria ser considerada uma mera circunstância ou maldição da qual deva tentar desesperadamente fugir. Ser solteira é um tempo para aprender sobre Deus e sobre nós mesmas, um tempo para descobrir quem nós somos em Cristo, e como crescer na “aparência de Cristo”. É um tempo para ser zelosa por boas obras e envolvida em ministrar para outros. Ser solteira tem uma magia própria que deve ser aproveitada, pois uma vez passado, não deve nunca mais retornar. Não há nada tão triste quanto uma mulher já casada que se arrepende por não ter feito o suficiente com sua vida enquanto era solteira. Tudo foi perdido pelo intento de se apressar em casar sem consideração pelo plano ou pela obra de Deus.
Toda fase da vida tem, por si própria, sua beleza e maravilha. Minha oração para todas as cristãs solteiras é que elas possam aproveitar seu tempo apesar das mentiras do mundo. Que elas possam ser exigentes e não ajustadas por nada menos que a perfeita vontade de Deus. Que elas possam esperar pacientemente em Deus que é o provedor de todo bom e perfeito presente. Que elas possam ser como Ester, usando qualquer tempo que Deus julgue necessário para torná-las lindas por dentro e por fora.
Fonte: *Esse artigo foi publicado originalmente no Heart Cry escrito por Charo e Paul Washer. Traduzido por Alan Cristie e postado em português no site Voltemos ao Evangelho. Republicado aqui mediante autorização do Voltemos ao Evangelho.

O Destino Profético da Igreja


Thomas Ice
Qual é o futuro profético da Igreja? Para tratarmos dessa questão, devemos entender antes que a Igreja se relaciona de duas maneiras com o programa de Deus. Primeiro, a verdadeira Igreja é formada de judeus e gentios que conhecem a Cristo genuinamente como seu Salvador e tiveram seus pecados perdoados. Começando no Dia de Pentecostes em Atos 2 e continuando até ao Arrebatamento, todos aqueles que confiam em Cristo como seu Salvador são parte de Seu Corpo, que a Bíblia chama de Igreja. Os crentes de antes da fundação da Igreja em Atos 2 e os que se tornarem crentes depois do Arrebatamento não são parte da Igreja, o Corpo de Cristo.
Segundo, existe o âmbito da influência da igreja professa, a quem chamaremos de cristandade. A cristandade constitui qualquer coisa ou todas as coisas que estiverem associadas com a igreja visível, inclusive todos os seus ramos e organizações, como o catolicismo romano, a ortodoxa oriental, o protestantismo e até mesmo as seitas. A cristandade inclui verdadeiros crentes e falsos professos, que jamais foram verdadeiramente nascidos de novo: o trigo e o joio crescendo juntos (Mt 13.24-30). Esses dois aspectos da Igreja possuem destinos proféticos muito diferentes.

O Arrebatamento

O próximo acontecimento no calendário profético para a verdadeira Igreja é o Arrebatamento (Jo 14.1-3; 1Co 15.51-52; 1Ts 4.13-18; etc.). Este acontecimento é descrito em 1 Tessalonicenses 4.17, que diz que ele será um tempo no qual todos os crentes, vivos ou mortos, serão “arrebatados (…) entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares”. Este evento poderá acontecer a qualquer momento, sem aviso, e é descrito pelo tema de Cristo como o Noivo e a Igreja como a Noiva. Na presente época, a Igreja está desposada, ou comprometida, com Cristo – totalmente comprometida, tendo sido comprada pelo sangue dEle. O Noivo foi para a casa do Pai para preparar um lugar a fim de levar a Sua noiva ao lugar especial deles na casa de Seu Pai. Enquanto está fora, o que perdurará pela atual era da Igreja, a fidelidade da Noiva é testada pela separação e ela deve permanecer fiel enquanto está constantemente aguardando pelo retorno súbito e não-anunciado do Noivo. Quando o Pai der o sinal, o clamor será anunciado e a era da Igreja chegará ao fim no Arrebatamento; assim, todos nós estaremos para sempre com o Senhor (1Ts 4.17).
Todavia, os não-salvos dentro da cristandade serão deixados para trás e entrarão no período da Tribulação, sendo preparados para servir como a prostituta de Satanás – “a grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas” (Ap 17.1) – que ajudará a facilitar o grande engano do Anticristo na forma da igreja mundial na primeira metade da Tribulação. Essa igreja ecumênica e apóstata vai abrir caminho para a religião mundial única – o culto ao Anticristo e a recepção da marca da besta (Ap 13.16-18), na segunda metade da Tribulação.
É significativo observarmos que Apocalipse 13.11-18 apresenta o Falso Profeta (o cabeça da igreja mundial única durante a Tribulação) como aquele que está advogando em favor do Anticristo de que os habitantes da terra deveriam levar a marca da besta, na forma do número seiscentos e sessenta e seis (Ap 13.18). Assim como a Igreja verdadeira tem o papel de declarar e esclarecer a verdade de Deus, também a prostituta de Satanás possui o papel de liderança na promoção de sua mensagem falsa e enganosa.
A Igreja é única no plano de Deus e separada de Seu plano para Israel. Enquanto que a Igreja compartilha das promessas espirituais da Aliança Abraâmica cumprida em Cristo, Israel (não a Igreja) cumprirá seu destino nacional como uma entidade separada, depois do Arrebatamento e da Tribulação, durante o Milênio. O Novo Testamento afirma que a Igreja era um mistério não revelado no Antigo Testamento (Rm 16.25-26; Ef 3.2-10; Cl 1.25-27); é por isso que ela começou repentinamente, sem aviso, em Atos 2, e é por isso que esta era terminará repentinamente, sem aviso, no Arrebatamento. Portanto, a Igreja não possui nenhum destino profético terreno que vá além do Arrebatamento.

A Era da Igreja é uma Dispensação Distinta

A era da Igreja não é caracterizada pelos acontecimentos proféticos historicamente verificáveis, exceto seu início no Dia de Pentecostes e seu fim no Arrebatamento. Mas o curso geral desta era tem sido profetizado e pode proporcionar uma visão geral sobre o que se pode esperar durante esta época.
Até mesmo as profecias específicas que são cumpridas durante a era da Igreja se referem ao plano profético de Deus para Israel e não diretamente à Igreja. Por exemplo, a destruição profetizada de Jerusalém e do seu Templo, que ocorreu no ano 70 d.C., se refere a Israel (Mt 23.38; Lc 19.43-44; Lc 21.20-24). Desta forma, não é inconsistente que as preparações proféticas relativas a Israel já estejam a caminho com o restabelecimento de Israel como nação em 1948, embora ainda estejamos vivendo na era da Igreja.
O curso da atual era da Igreja é dado aos cristãos em três conjuntos de passagens no Novo Testamento. Um entendimento dessas passagens é necessário para se ter um entendimento sobre os sinais dos tempos.

Mateus 13

As parábolas de Mateus 13 fornecem uma percepção sobre o curso da atual era da Igreja. Na verdade, visto que Mateus examina esta era atual em sua relação com o reino, as parábolas cobrem o período entre os dois adventos de Cristo – Sua primeira e Sua segunda vindas. Isto inclui a Tribulação, a Segunda Vinda e o julgamento depois do Arrebatamento, mas também inclui uma visão geral importante sobre nossa presente era. Como Mateus 13 mostra esta era? O Dr. J. Dwight Pentecost resume a descrição da seguinte maneira:
Podemos resumir o ensino quanto ao curso desta era, dizendo: (1) haverá a semeadura da Palavra durante toda a era, que (2) será imitada pelo falso semeador; (3) o reino assumirá enormes proporções externas, mas (4) será marcado pela corrupção doutrinária interna; todavia, o Senhor ganhará para Si (5) um tesouro peculiar do meio de Israel, e (6) da Igreja; (7) a era terminará em julgamento com os ímpios excluídos do reino a ser inaugurado pelos justos levados para desfrutarem da bênção do reinado do Messias.[1]

Apocalipse 2-3

A próxima passagem importante que proporciona uma visão geral do curso desta era é encontrada na apresentação das sete igrejas de Apocalipse 2-3. A perspectiva de Apocalipse 2-3 é em referência ao programa da Igreja e não do reino. Assim, sua visão geral procede de Pentecostes até o Arrebatamento, como indicado pela frase apresentada repetidas vezes: “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2.7,11,17,29; Ap 3.6,13,22). Estas sete igrejas históricas do Século I fornecem um padrão dos tipos de igrejas que existirão durante toda a história da Igreja.

Os Últimos Dias da Igreja

O Novo Testamento fala claramente sobre os últimos dias, para a Igreja, nas epístolas. É interessante que, virtualmente, todos esses comentários sobre a apostasia dos últimos dias venham das epístolas escritas pouco tempo antes da morte de cada apóstolo que as escreveu, isto é, durante os últimos dias de cada apóstolo, como para enfatizar os perigos latentes durante os últimos dias da Igreja. A seguir, temos uma lista das sete passagens mais importantes que tratam dos últimos dias da Igreja:
1 Timóteo 4.1-3;
2 Timóteo 3.1-5;
2 Timóteo 4.3-4;
Tiago 5.1-8;
2 Pedro 2.1-22;
2 Pedro 3.3-6;
Judas 1-25.
Cada uma dessas passagens enfatiza vez após vez que a grande característica do tempo final da Igreja será a apostasia; não obstante, um evangelismo eficiente acontecerá ainda antes dos últimos momentos da Era da Igreja.
O curso claro dos últimos dias para a Igreja consiste de constantes admoestações ao crente para estar alerta contra o desvio doutrinário, também conhecido como apostasia. Tal característica proporciona ao cristão um sinal claro do final da nossa era atual da Igreja.
Embora profecias específicas não sejam dadas relativamente à atual era da Igreja, vimos que três conjuntos de passagens pintam uma figura geral do curso desta época. Os três conjuntos indicam que a apostasia caracterizará a cristandade durante o tempo em que o Arrebatamento acontecerá.
O Novo Testamento afirma que a Igreja será removida no Arrebatamento antes do tempo em que tenha início a Tribulação (1Ts 1.10; 1Ts 5.9; Ap 3.10) e será levada por Cristo para a casa do Pai (Jo 14.1-3). A Igreja estará no céu durante a Tribulação, sendo representada pelos 24 anciãos (Ap 4.4,9-11; Ap 7.13-14; Ap 19.4). Durante a Tribulação de sete anos na terra, a Noiva passará pelo Tribunal do Galardão de Cristo em preparação (Ap 19.4-10) para acompanhar Cristo durante Sua descida na Segunda Vinda (Ap 19.14). A preparação celestial da Igreja durante a Tribulação, imediatamente antes da Segunda Vinda, também é mencionada como a noiva que se ataviou (Ap 19.7) para as Bodas do Cordeiro. As bodas acontecerão no início do Milênio, depois da Segunda Vinda.
Enquanto o próximo acontecimento para a Igreja – o corpo de Cristo – seja o translado da terra para o céu no Arrebatamento, aqueles crentes deixados na igreja organizada como instituição passarão pela Tribulação e formarão a base de uma super-igreja apóstata que o Falso Profeta usará para ajudar no governo mundial do Anticristo (Ap 13; Ap 17.1-18). A verdadeira Igreja de Jesus Cristo não fará parte da Tribulação.

Conclusão

O papel da Igreja durante o Milênio, em cujo tempo todos os membros da Igreja já terão recebido seus corpos ressurretos no Arrebatamento, será reinar e governar com Cristo (Ap 3.21). Em Mateus 19.28, Jesus disse aos Seus discípulos, que são membros da Igreja, que eles se uniriam a Ele no reino e reinariam sobre as doze tribos de Israel. Da mesma forma, em 2 Timóteo 2.12, Paulo escreve: “Se perseveramos, também com ele reinaremos”. O propósito principal do Milênio é a restauração de Israel e o governo de Cristo sobre Israel, mas a Igreja, como a Noiva de Cristo, não estará ausente das atividades do Milênio.
As Escrituras não são claras quanto a Israel, a Igreja e os outros grupos de crentes da história manterem ou não suas distinções por toda a eternidade. Não parece haver um motivo bíblico pelo qual eles não possam adorar e servir a Deus como grupos distintos de pessoas salvas por toda a eternidade. Na verdade, a Nova Jerusalém do estado eterno indica algumas distinções, tais como as 12 tribos de Israel (Ap 21.12), os 12 apóstolos da Igreja (Ap 21.14), e o fato de que a glória e honra das nações serão trazidas à Nova Jerusalém (Ap 21.26). Maranata! (Thomas Ice — Pre-Trib Perspectives)