sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Israel - Uma Crise Nova e Crescente


Tim LaHaye e Ed Hindson

Embora nós dois sejamos gentios de nascimento e seguidores de Jesus Cristo, há muito tempo temos amado o povo judeu e a nação de Israel. É assim que deveria acontecer com todos os crentes. As Escrituras e a história apresentam pelo menos três importantes motivos para os cristãos cuidarem do povo judeu e de sua terra.
Primeiro, o fundador da nossa fé, Jesus Cristo, era judeu. Foi miraculosamente concebido no útero da judia virgem Maria. Foi criado como filho de um pai judeu chamado José, na cidade judaica de Nazaré. Embora tenha sido traído por Seu próprio povo e entregue às autoridades romanas, Sua morte na cruz levou à Sua ressurreição ao terceiro dia em Jerusalém, a capital de Israel. A Igreja logo teve início nessa mesma capital judaica no Dia de Pentecostes (Atos 2), crescendo rapidamente entre os judeus antes de se expandir em meio aos gentios em todo o mundo.
Segundo, os autores humanos da Bíblia eram quase que exclusivamente do povo judeu. Desde Moisés, autor de Gênesis, até o apóstolo João, autor de Apocalipse, os livros da Bíblia são o resultado de escritores judeus que foram guiados pelo Espírito Santo para produzir as palavras que dirigem nossa fé cristã hoje. Com a possível exceção de Lucas, autor do Evangelho de Lucas e de Atos dos Apóstolos, todos os livros da Bíblia foram escritos por autores judeus. Na verdade, muitos estudiosos creem que Lucas era judeu. Ele foi levado à fé em Cristo pelo apóstolo judeu Paulo.
Terceiro, o povo judeu fundou a Igreja em Jerusalém. Sem a liderança dos apóstolos judeus de Jesus e dos corajosos primeiros seguidores de Cristo, a Igreja que amamos hoje não seria o que é. Esses primeiros judeus cristãos arriscaram suas vidas pelo Evangelho e muitos foram martirizados por causa de sua fé em Cristo.
A história dos Estados Unidos da América também tem sido grandemente influenciada por seu relacionamento com a nação de Israel e com o povo judeu. Muitos dos maiores líderes da América reconheceram a aliança de Deus com Abraão em Gênesis 12.3:“abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Quando Israel se tornou novamente uma nação, em 1948, os Estados Unidos tiveram um papel importante no apoio ao seu reconhecimento na comunidade internacional. Os esforços dos Estados Unidos da América na Segunda Guerra Mundial também afirmaram seu apoio ao povo judeu, salvando muitas vidas de judeus dos campos de concentração e da ira do nazista alemão Adolf Hitler.
Hoje, os EUA enfrentam uma crise nova e crescente relativamente a seu relacionamento histórico com Israel. A nação judaica está rodeada por vizinhos hostis, que tanto se negam a reconhecer sua existência quanto se propõem a apagar Israel do mapa. Além disso, muitos desses vizinhos estão fomentando uma aliança de nações que se colocam em oposição a Israel e sua soberania. Dentre essas tensões que estão surgindo, as nações ocidentais falam cada vez mais de paz, mas mostram pouca ação de apoio a Israel. Essas “inações” deixam o povo judeu em uma posição vulnerável, que mostra finalmente a proteção de um Deus amoroso que cuida das fronteiras da nação.

A pequenina nação de Israel e seus hostis vizinhos muçulmanos. As nações árabes totalizam mais de 5.000.000 de milhas quadradas de território, enquanto que Israel conta com somente 9.000 milhas quadradas. (Fonte: Randall Price, Fast Facts on the Middle East Conflicts [“Breves Fatos Sobre os Conflitos no Oriente Médio” em tradução livre] (Eugene, OR: Harvest House, 2003), p. 82. Usado mediante permissão.

 
Israel é o super sinal de Deus para os tempos do fim. Infelizmente, um número crescente de cristãos não interpreta a Bíblia literalmente no que se refere a Israel. Em vez disso, líderes e movimentos cristãos advogam popularmente os errôneos ensinamentos daquilo que é conhecido como Teologia da Substituição. Os proponentes dessa visão creem que a Igreja substituiu Israel no plano de Deus para o futuro. Em vez de olharem para a frente, para as bênçãos futuras de Deus sobre Israel, aqueles que adotam a Teologia da Substituição querem reivindicar as bênçãos de Deus sobre a Igreja. Todavia, aqueles que sustentam essa visão entendem mal os três grupos de pessoas ordenados por Deus os quais a Bíblia menciona no contexto dos tempos do fim. Paulo menciona esses grupos em 1Coríntios 10.32: “Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus”.
Estes três grupos incluem claramente os gentios, os judeus e os cristãos. E o que dizer sobre os judeus que aceitaram Cristo pela fé? Esses indivíduos são judeus por nascimento e cristãos pela fé. Nosso amigo e colega Dr. Thomas Ice fez a seguinte observação em Charting the End Times [Gráficos Sobre os Tempos do Fim]:
O estudo da profecia bíblica divide-se em três grandes áreas: as nações (gentios), Israel, e a Igreja. Das três áreas, são apresentados mais detalhes relativos aos planos futuros de Deus para Sua nação, Israel, do que para as nações ou para a Igreja. Quando a Igreja entende essas profecias pertencentes a Israel literalmente, como nós fazemos, então vemos que uma grande agenda profética está por vir referente a Israel como povo e nação. Quando a Igreja espiritualiza essas promessas, como tem feito com muita frequência na história, então a singularidade profética de Israel é irrealisticamente incorporada pela e combinada com a Igreja. Mas, se considerarmos as Escrituras criteriosamente, poderemos ver que Deus tem um futuro maravilhoso e abençoado planejado para os judeus individualmente e para o Israel nacional. É por isso que cremos que Israel é o “super sinal” de Deus para os tempos do fim.
As promessas de Deus a Abraão e a Israel são incondicionais e garantidas através de várias alianças subsequentes. Um padrão definido para a história futura de Israel foi profetizado em Deuteronômio antes que os judeus colocassem o pé na Terra Prometida (Deuteronômio 4.28-32). O padrão predito para o programa de Deus para Israel foi: Eles entrariam na terra sob a liderança de Josué, e finalmente se voltariam contra o Senhor e seriam expulsos da terra e espalhados por entre as nações gentílicas. De lá, o Senhor reagrupará o povo judeu durante os últimos dias e eles passarão pela Tribulação. Próximo do final da Tribulação, eles reconhecerão o Messias e serão regenerados. Cristo então retornará à Terra e resgatará Israel das nações que estarão reunidas no Armagedom para exterminar os judeus. Um segundo reajuntamento da nação então ocorrerá em preparação para o reinado milenar com Cristo, em cujo tempo todas as promessas a Israel que não tiverem sido cumpridas se realizarão. Este padrão é apresentado pelos profetas e reforçado no Novo Testamento.
Assim como está fazendo com a Igreja e as nações, Deus está movendo Seu povo escolhido – Israel – ao lugar determinado para o cumprimento futuro de Suas profecias relacionadas com a nação. Ele já trouxe o povo judeu de volta à sua terra da antiguidade (1948) e já lhes deu Jerusalém (1967). Entretanto, a atual situação de Israel é de constante caos e crise, especialmente na cidade velha de Jerusalém. Finalmente, Israel assinará uma aliança com o Anticristo e isso dará início à Tribulação de sete anos.
O reajuntamento de Israel e o caos são sinais específicos de que o programa de Deus para os tempos do fim está à beira de ser lançado a toda velocidade. Adicionalmente, o fato de que todas as três correntes da profecia (as nações, Israel, e a Igreja) estão convergindo pela primeira vez na história constitui um sinal em si mesmo. É por isso que muitos estudantes de profecia creem que estamos próximos dos últimos dias. Se você quiser saber o rumo que a história está tomando, simplesmente mantenha seus olhos naquilo que Deus está fazendo a Israel. [1]
O Evangelho de Jesus Cristo é para todos os grupos étnicos: asiáticos, africanos, europeus, judeus, árabes – nenhum está excluído. Deus não é antiárabe e tampouco nós o somos. Ele ama o povo árabe como ama todos os povos. Duas vezes Ele poderia ter resolvido o chamado conflito árabe-israelense 4.000 anos atrás se deixasse Ismael, o pai dos árabes, morrer no deserto (Gn 16.7-11; 21.17-18). Em vez disso, o próprio Senhor interveio para poupar a vida de Ismael e promete fazer dele uma grande nação, o que, de fato, Ele fez.
O verdadeiro conflito no Oriente Médio é mais religioso do que étnico. Islamismo é uma religião, enquanto que árabe é uma etnia. Nem todos os árabes são muçulmanos. Há muitos árabes que são cristãos, que são política e socialmente mantidos atrás da “Cortina Islâmica”. Eles precisam de nossas constantes orações, ajuda e apoio. Da mesma forma, há muitos muçulmanos que não são árabes. Por exemplo, há turcos, curdos, afegãos, iranianos e indonésios que não são da etnia árabe. Portanto, a verdadeira ameaça a Israel e ao ocidente é o fanatismo religioso.
A mão de bênçãos de Deus tem estado sobre o povo judeu por toda a história – desde o início com Abraão e Sara, durante a fuga da escravidão no Egito sob a liderança de Moisés, e durante inúmeros acontecimentos encontrados tanto na Bíblia quanto por toda a história. Durante séculos, o povo judeu tem estado espalhado por todo o mundo, mas, em décadas recentes, Deus o está reunindo na moderna nação de Israel. Quanto ao futuro, a Bíblia fala de ambos os tempos de julgamento e de bênçãos sobre Israel, culminando em novos céus e nova terra, que incluirão a cidade celestial chamada Nova Jerusalém.
Uma das fontes chave do ódio contra Israel nestes dias são as facções islâmicas extremistas, que estão determinadas a reconquistar qualquer terra que algum dia já tenha pertencido às forças islâmicas. Isto inclui a moderna nação de Israel. Nem todos os muçulmanos são extremistas, mas infelizmente aqueles que são extremistas são inúmeros e são firmemente comprometidos com a destruição e eliminação de Israel. Esses terroristas radicais creem nas mentiras de Satanás que blasfema contra a natureza de Deus e Seus mandamentos para vivermos vidas santas, de acordo com a Bíblia, e oferecem uma eternidade profana e imoral para aqueles que derem sua vida à promoção do avanço da dominação muçulmana por sobre todo o mundo. 
Fonte: (Tim LaHaye e Ed Hindson — Chamada.com.br)

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