Quem será, quem será ele? Não sei.
Como será? Não sei.
Como sorrirá para você? Como conversará com você? Não sei também.
O nome dele… Qual será?
Não, não sei, ainda não sei, o nome daquele – dirá você –
Daquele que me espera,
Daquele que eu espero,
Daquele que dirá sim no altar, que dirá sim para mim,
“Sim, eu a aceito por esposa”,
Que dirá sim diante de Deus.
Ainda não sei o nome
Daquele que me espera,
Daquele que eu espero,
Daquele que atravessará comigo o extenso caminho dos dias, limpando o suor de meu rosto, sorrindo, quando um sorriso for a flor,
Calando, se o perfume vier com o silêncio,
Falando, se a luz vier com a voz.
Ainda não sei o nome, como será o nome dele?
Daquele que me espera,
Daquele que eu espero para me prolongar no tempo e tirar de nossa carne um pedaço de nossa vida na suprema unidade do amor que povoa a terra de flores com nosso rosto misturadas.
Ainda não sei o nome daquele que está na noite,
Daquele que só Deus vê,
Que trará na mão a lâmpada para iluminar o caminho.
Ainda não sei o nome daquele que está na noite e para quem transporto no fundo do coração aquilo que também ele, também ele precisa.
Ainda não sei o nome e já sei que será coroado com a alva cora dos longos anos – cinquenta?
Que conversará ele, Senhor, nesses cinquenta anos comigo?
O sim que ele dirá, que dirá perante Vós, não é um sim para sempre?
Que direi eu nesse sempre?
Que direi eu, que direi nesse colóquio tão curto?
Ainda não sei o nome, que nome será, Senhor?
O nome dele? O nome?
Qual será o nome daquele que, entre todos, minha alma vai preferir?
Daquele que vai olhar as mulheres todas da terra passando, passando, passando até por fim eu passar.
Como será, Senhor, como?
Não o nome, o nome não,
Como será ele, Senhor? (João Mohana)
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