Fortes tentações exigem severas resistências! O contexto é o de um governante manipulando um homem com uma extravagante refeição (Pv 23:1,3). Tais refeições nem sempre são bênçãos. Uma boa comida e a quantidade dela podem levar um homem a entregar-se à embriaguez ou à glutonaria, soltar os lábios ou inibições diante do governante, ou comprometer suas convicções aos pedidos do governante. Se uma excelente refeição lhe tenta, você deve se proteger e controlar a sua luxúria tomando as mais severas medidas.
Se numa situação de muita comida você se lembrar das suas fraquezas por tais coisas, você deve minimizar o seu apetite. Temos aqui uma figura de linguagem enfatizando a necessidade de severa resistência à tentação. Você deve comer com cautela, como se você tivesse uma faca na sua garganta. Você deve reprimir o comer, como se você tivesse debaixo de uma pena de morte! É a linguagem de mortificação usada por Paulo – ou fazer morrer – a carne e a sua concupiscência (Cl 3:5).
Quando você estiver considerando as tentações dos alimentos, lembre-se de Daniel. Ele era um cativo num pais estranho e colocado num programa intensivo de preparação para ser um conselheiro do rei Nabucodonosor (Dn 1:1-7) Mas Daniel considerou cuidadosamente o cardápio e escolheu rejeitá-la para a honra do seu Deus (Dn 1:8-16). E você conhece o resultado! Daniel foi promovido a um posto acima dos seus pares (Dn 1:17-21).
Será que situações tentadoras com alimentos assim só são encontradas na Bíblia? Os homens de negócios enchem os seus clientes com finas refeições? Os políticos fazem isso com seus constituintes? Os lobistas fazem isto com os políticos? Os advogados exploram as testemunhas? Os vendedores atraem os compradores? Os membros da igreja amolecem o pastor? As mulheres, por acaso, são seduzidas depois de um maravilhoso jantar fora? O que se entende com a popular expressão “vinho e comida”? O perigo ainda existe! Atenção!
O Senhor Jesus ensinou uma lição semelhante de autonegação a respeito da tentação de um homem ao ver uma mulher atraente. Se um homem é tentado a desejar sexualmente uma mulher ou mulheres em geral numa determinada situação, ele deve se afastar daquela tentação. Quão sério deve ser esse seu esforço? Ele deve arrancar o seu olho direito ou decepar a sua mão direita (Mt 5:27-30, 18:7-9). É claro, assim como o nosso provérbio, esta é uma figura de linguagem para que haja o exercício de uma severa resistência à tentação. Não significa que devemos, literalmente, arrancar os olhos, decepar a mão ou passar a faca nos nossos pescoços.
A piedade nos ensina que devemos evitar qualquer coisa que conduza à tentação (Rm 13:14). Paulo estava comprometido em manter os apetites do seu corpo sob controle (ICo 9:27). Davi não permitia que se colocasse qualquer coisa má diante dos seus olhos (Sl 101:3), e ele procurava evitar as iguarias dos ímpios (Sl 141:4). Um homem bom nem se dá ao luxo de ter amigos tolos (Pv 9:6; 14:7; 22:24-25; ICo 15:33). Isto é o que se chama de temperança – uma vida piedosa de autonegação; (Gl 5:23; Tt 2:11-14)
Você conhece os seus apetites? Você conhece os pecados que o assedia facilmente? Seu dever é claro. Você tem que colocar uma faca naqueles apetites e recusá-los eliminando qualquer ocasião em que possam se apresentar, mesmo que a perda daquelas coisas é tão custosa ou dolorosa quanto o perder um olho ou uma mão. Jesus chamou isto de levar a sua cruz diariamente, e isso era necessário para ser Seu discípulo (Lc 9:23).
Um banquete vai acontecer quando os eleitos de Deus sentarão com o Governante de tudo. É chamado o banquete matrimonial do Cordeiro. Eles não terão que colocar uma faca à garganta nessa incrível festa. Suas carnes de luxúrias terão desaparecidos para sempre, e o anfitrião da refeição será a pureza e a verdade em pessoa (Ap 19:7-9). Não haverá mais tentação para pecar novamente!
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