sexta-feira, 24 de abril de 2015

Como Saber se é Amor de Verdade

Jason Evert

Nunca se pode avaliar uma relação pela intensidade dos sentimentos, porque eles vão e vêm, sobem e baixam. 

Sentir-se apaixonado é emocionante, mas nunca se deve confundir a emoção com o amor. Por exemplo, um rapaz pode ter sentimentos verdadeiros por uma garota, mas isso não garante que ele a ame. A verdadeira medida do amor é fazer o bem à pessoa amada. Claro, isso não é fácil. Por isso o amor verdadeiro é algo escasso, e isso o faz mais belo e valioso.


O contrário de amar é usar. Por exemplo, os rapazes frequentemente usam as garotas para sua satisfação física, e as garotas usam os rapazes para sua satisfação social ou emocional. Mas nunca estão satisfeitos.

Tenho falado com milhares de alunas de colégio e de universidade e nunca encontrei uma garota sequer quer quisesse ter uma série de relações físicas. Mas encontrei, sim, um número incontável de mulheres que buscam o amor fazendo isso. Talvez estejam confundindo a atração física com o amor, ou buscam confirmar seu próprio valor, coisa que seus pais nunca lhes demonstraram. De qualquer maneira, essas garotas não encontraram o que buscavam.

Da mesma maneira, encontrei-me com “sedutores” que dizem que desejam saber como é amar a uma mulher em vez de usá-la ou de fazer-lhe mal. Não era sua intenção ferir as garotas, mas ninguém lhes ensinou como tratar as mulheres com reverência. Insatisfeitos com uma vida de “ficas” e sexo casual, no longo prazo se deram conta de que o conquistar uma mulher sexualmente era perder a razão pela qual são homens. Unicamente na entrega de si mesmos em um amor autêntico podiam se encontrar.

Se você vive uma vida sexual ativa e está tratando de descobrir se realmente é amor, faça a prova do amor. Retire a parte sexual de sua relação e viva a virtude da castidade. Quando passa a paixão sexual, se pode ver se havia amor desde o princípio, se lhe amam como pessoa. Não tenha medo de fazer isso, porque somente quando o amor é colocado à prova é que se pode ver seu verdadeiro valor. (1)
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(1)Karol Wojtila, Amor e Responsabilidade (San Francisco, Ignatius Press, 1993), p. 134.

Trecho do livro “Amor Puro”, de Jason Evert. San Diego: Catholic Answers, 2007.

Para Inspirar Amor: Um Retorno à Modéstia

Por Edward P. Sri
Traduzido e adaptado por Andrea Patrícia
Será que realmente importa o que uma mulher opta por vestir? 
Em nosso mundo pós-revolução sexual, vestidos provocativos, mini-saias, biquínis minúsculos, calças de cós baixo e blusinhas decotadas tornaram-se parte do vestuário mainstream para as mulheres de hoje. E qualquer um que possa levantar questões sobre a conveniência de se vestir, é visto como “rígido”, “antiquado”, ou “desconectado” com o estilo moderno. Modéstia não é mais uma parte do vocabulário da nossa cultura. Embora a maioria das pessoas sinta que não querem que suas filhas se vistam como Madonna e Britney Spears, poucos têm a coragem de abordar o tema da modéstia, e ainda menos saberiam o que dizer se tivessem fazê-lo.
João Paulo II – então Karol Wojtyla – em seu livro Amor e Responsabilidade, oferece muito da sabedoria que é necessária sobre a natureza de modéstia e de como se vestir modestamente é fundamental para fortalecer nossas relações com o sexo oposto.

A experiência do pudor
Wojtyla começa a tratar sobre a modéstia com uma explicação de uma experiência humana comum: pudor. O pudor envolve uma tendência para esconder algo – e não apenas coisas más, como pecados, fraquezas e momentos embaraçosos, mas também coisas boas que desejamos para não ficarmos expostos. Por exemplo, alguém que faz uma boa ação pode preferir que sua ação passe despercebida. Se ele é cumprimentado publicamente, pode sentir-se envergonhado, não porque fez algo ruim, mas porque não queria chamar a atenção para a sua ação. Do mesmo modo, uma aluna que recebe notas altas em um exame pode se sentir constrangida quando o professor a elogia na frente de toda a classe, pois ela desejava partilhar sua boa nota apenas com seus amigos mais próximos e familiares. Há muitas coisas boas que desejamos manter ocultas dos olhos do público, e nós sentimos vergonha se elas são trazidas à tona.
Isso nos ajuda a compreender uma das experiências mais poderosas da vergonha: o pudor sexual. Por que os seres humanos tendem a ocultar as partes do corpo associadas com a sexualidade? Por que os homens e mulheres instintivamente cobrem-se rapidamente se alguém do sexo oposto acidentalmente caminha perto deles enquanto eles estão mudando suas roupas ou indo ao banheiro? Wojtyla explica que essa tendência a ocultar as partes do corpo que fazem tanto os do sexo masculino quanto os do feminino não é em si a essência do pudor, mas uma manifestação de uma profunda tendência para esconder os próprios valores* sexuais, “especialmente na medida em que estes constituem na mente de uma pessoa em particular ‘um objeto potencial de prazer’ para pessoas de outro sexo” (p. 176).
Por exemplo, uma mulher pode sentir instintivamente que, se determinadas partes do corpo estão expostas, um homem pode vê-la apenas por seu valor sexual como um objeto de prazer. Na verdade, essas partes específicas do corpo dela revelam seus valores sexuais tão poderosamente que um homem pode ser tragado principalmente não por seu verdadeiro valor como pessoa, mas pelos valores sexuais dela que lhe dão prazer sensual quando a vê e em sua imaginação.
É por isso que temos a tendência de velar os valores sexuais relacionados com partes específicas do corpo – não porque eles são maus, mas porque eles podem ocultar o maior valor da pessoa. Wojtyla, assim diz que o pudor sexual é “uma forma natural de autodefesa para a pessoa” (p. 182). Ela ajuda a impedir que a pessoa seja tratada como um objeto de prazer. Assim, a ocultação de valores sexuais através da modéstia no vestir se destina a fornecer a arena em que algo de muito mais do que uma mera reação sensual pode ocorrer. A modéstia no vestuário ajuda a proteger as interações entre os sexos para que não caiam no utilitarismo, e assim cria a possibilidade do amor autêntico pela pessoa se desenvolva.


Pudor Absorvido pelo Amor
Vestir-se imodestamente impede as possibilidades de desenvolver o verdadeiro amor, pois chama a atenção para seus valores sexuais, de tal forma que ofusca o seu valor como pessoa.
Agora dentro do contexto do amor entre desposados – uma madura auto-entrega de amor entre marido e mulher – não há mais nenhum motivo para vergonha. O amor verdadeiro garante que as experiências sentimentais e sensuais “são imbuídas da afirmação do valor da pessoa, de tal forma que é impossível para a vontade considerar o outro como objeto de uso” (pp. 183-84). Cada pessoa tem plena confiança no amor abnegado do outro. Cada um deles tem total confiança de que eles não são tratados simplesmente como um objeto para o prazer da outra pessoa. Daí, o seu gozo emocional e sensual se baseia em plena doação de amor e em um profundo senso de responsabilidade para com a outra pessoa.
A necessidade de pudor foi absorvida pelo amor maduro por uma pessoa: não é mais necessário para um amante esconder da amada ou de si mesmo uma disposição para desfrutar, uma vez que esta tenha sido absorvida pelo amor verdadeiro governado pela vontade. A afirmação do valor da pessoa permeia tão completamente todas as reações sensoriais e emocionais relacionadas com os tesouros sexuais que a vontade não é ameaçada por uma perspectiva utilitarista. (p. 184)
Este tipo de confiança, no entanto, só pode ser encontrado por completo no amor entre desposados. Somente em um casamento saudável, próspero, a vergonha é absorvida pelo amor dessa maneira. É por isso que nós queremos nos vestir modestamente, quando estamos com os membros do sexo oposto com quem não somos casados. Fora do contexto do amor entre desposados, temos de ter cuidado com o descerramento dos valores sexuais, ou então nós estaremos entregando para sermos usados pelo sexo oposto.


Evitando Ser Tratada Como Objeto
Agora estamos preparados para explorar os três aspectos do pudor sexual apresentado por Wojtyla. Nós já tocamos no primeiro aspecto – como o pudor nos leva a ocultar valores sexuais para que eles não produzam uma reação meramente utilitária na outra pessoa. A mulher deve querer evitar se vestir de uma maneira que, deliberadamente, chame a atenção para seus valores sexuais e obscurece o seu valor como pessoa. Certos tipos de roupa (ou falta dela) obrigam a obter uma reação sensual que a coloca em posição de ser tratada como um objeto de prazer.
Em outras palavras, uma mulher vestida indecentemente pode deliberadamente provocar uma reação sexual ao seu corpo. E ela pode atrair os homens que vejam seu corpo como um objeto de prazer. Mas ela não inspira os homens a amá-la como uma pessoa.
Mas aqui algumas mulheres podem opor-se: “Por que é minha responsabilidade vestir-me modestamente? Se um homem luta com pensamentos lascivos, isso é problema dele, não meu.” Mas esta oposição erra a proposta de Wojtyla. O propósito da modéstia não é apenas o de ajudar a impedir os homens de tropeçar em pensamentos impuros. A modéstia do vestuário tem por objetivo principal proteger a própria mulher. Ela ajuda a evitar que a mulher seja tratada como um objeto de prazer sexual.
Wojtyla oferece duas informações importantes que ajudam a dar sentido a isso. Por um lado, devemos lembrar que somos seres humanos decaídos. Assim, não é fácil para nós evitar uma atitude utilitarista quando vemos o corpo do sexo oposto. A atitude de “eu não deveria ter que me preocupar sobre como eu me visto – que é o problema do homem”, ingenuamente, não leva a sério o pecado original. Como explica Wojtyla, “o homem, infelizmente, não é um ser perfeito cuja visão do corpo de outra pessoa… pode despertar nele apenas um gosto desinteressado que se desenvolve em um afeto inocente. Na prática, também desperta a concupiscência ou o desejo de desfrutar concentrado nos valores sexuais sem ter em conta o valor da pessoa” (p. 190). Como resultado do pecado original, a vontade humana “também aceita prontamente a reação sensual e reduz a outra pessoa… ao papel de um objeto de prazer” (p. 191). E quando tal acontece, Wojtyla chama isso de “despersonalização pela sexualização.” A mulher não é vista por quem ela é como pessoa. Ela é reduzida a um objeto potencial para o prazer sexual. A modéstia do vestuário ajuda as mulheres a evitar que sejam despersonalizadas desta forma.
Por outro lado, Wojtyla continua a lembrar-nos que os homens lutam com a sensualidade muito mais do que as mulheres. Portanto, não é surpreendente que as mulheres possam ter dificuldade em compreender o que realmente constitui um vestido modesto, pois a sensualidade não é tão forte nelas quanto é nos homens. “Como a mulher não encontra em si a sensualidade que o homem como regra não pode deixar de saber que possui, ela não sente uma necessidade tão grande de esconder ‘o corpo como um objeto potencial de prazer’“ (p. 177). Conseqüentemente, muitas vezes as mulheres não percebem que certo modo de vestir ou agir pode realmente ser imodesto. E elas podem não ter absolutamente nenhuma idéia de que a maneira como se vestem pode estar colocando-as na posição de serem vistas pelo homem como meros objetos de prazer sexual. “Muitas vezes, a mulher não considera a maneira particular de se vestir como despudorada… embora alguns homens, ou mesmo muitos homens, podem achar que é assim “(p. 189).

Escondendo nossas reações
O segundo aspecto do pudor sexual é a sua tendência a esconder as nossas próprias reações utilitárias ao sexo oposto quando nós os tratamos como objetos para nossa diversão. Nós percebemos que a pessoa humana não é um objeto de uso, e nós sentimos vergonha se tratamos as pessoas dessa maneira em nossos olhares, pensamentos ou imaginação. No fundo, o homem sente, “eu não devo tocá-la, nem mesmo com um desejo profundamente escondido para desfrutá-la, pois ela não pode ser um objeto de uso” (p. 180).
Considere o que muitas vezes acontece quando um homem está olhando para uma mulher com intenção impura e ela percebe isso. Tão logo é capturado, ele rapidamente tira os olhos dela porque sente vergonha do que estava fazendo. Ele não quer que sua atitude utilitária em relação a ela seja exposta. Ele sabe que não deve tratar uma mulher desse jeito e imediatamente olha para longe.


Inspirando Amor
O aspecto mais importante do pudor sexual é a sua ligação com o amor. Em última análise, a modéstia procura inspirar amor – o amor verdadeiro à pessoa, não apenas uma reação sexual ao corpo de uma mulher. É profundo no coração de uma mulher o desejo de inspirar e experimentar o amor. Assim, uma mulher deve se vestir de maneira que inspire amor por ela como uma pessoa. Mas se vestir indecentemente dificulta as possibilidades de desenvolver o verdadeiro amor, pois chama a atenção para seus valores sexuais, de tal forma que ofusca o seu valor como pessoa. Em outras palavras, uma mulher pode se vestir indecentemente para deliberadamente provocar uma reação sexual ao seu corpo. E ela pode atrair os homens para que vejam seu corpo como um objeto de prazer. Mas ela não inspira os homens a amá-la como uma pessoa.
Aqui vemos que a modéstia do vestuário é sobre muito mais do que ajudar os homens a evitar cair em pecado. E não é simplesmente um “reflexo defensivo” protegendo as mulheres de serem usadas. No final, a modéstia é sobre inspirar uma reação ao valor da pessoa – não apenas aos seus valores sexuais. Como Wojtyla explica, “modéstia sexual não é uma fuga do amor, mas, ao contrário, a abertura de um caminho para isso. A necessidade espontânea para ocultar valores meramente sexuais ligados à pessoa é o caminho natural para a descoberta do valor da pessoa enquanto tal “(p. 179).
O Autor:

Dr. Edward (Ted) Sri é professor adjunto de Teologia no Colégio Beneditino em Atchison, KS, e colaborador freqüente do Lay Witness. Edward Sri é o autor do Mystery of the KingdomThe New Rosary in Scripture: Biblical Insights for Praying the 20 Mysteries. Seu livro mai recente é a Queen Motherbaseado em sua dissertação de doutorado e que está disponível na Benedictus Books.

Difícil conservar a pureza em um mundo descoberto


  Outro dia conversando com um amigo, ele disse que o mais difícil num namoro – para manter a castidade – é a roupa que a mulher veste. Hoje em dia as meninas andam seminuas com seus tops decotados e justíssimos, com suas minissaias expondo as coxas e até mesmo o bumbum (sim, porque as pessoas precisam subir escadas, sentar…), com suas calças justas mostrando todas as suas formas. Ora, como se manter casto desta maneira? Afinal de contas castidade é questão do pensamento também. Com manter pensamentos puros, como Nosso Senhor exige, se há tanta impureza por todos os lados? Como pode um homem se manter puro em seus pensamentos se é todo o tempo tentado por tanta exposição das formas femininas? É difícil, muito difícil! Ele precisa trabalhar muito em sua purificação, mas nós podemos ajudar a partir do momento em que nos vestimos e nos portamos modestamente.
     Quem lida com os homens – os confessores, principalmente – sabe o quanto é difícil manter-se casto nos dias de hoje. Sabe que existem sensibilidades diferentes, mas que a moral católica é correta quando diz que há partes que devem ser veladas. Há pessoas que dizem que uma roupa decotada não tem nada de mais, que uma saia acima do joelho não tem problema, mas não é isso o que ouço de muitos homens e não é isso o que padres, como Pe. Lodi, ouvem em seus confessionários. Não é porque todo mundo usa algo de determinada forma que este algo se torna correto e aceito pela Igreja. Isso é relativismo. Os tempos mudam, mas a pscicologia dos homens e o corpo humano não mudam, e a moral da Igreja também não.
     Diz o Compêndio de Teologia Moral:
As partes desonestas do corpo são os órgãos genitais e as regiões vizinhas; as partes menos honestas são os seios, os braços e os flancos*; as partes honestas são o rosto as mãos e os pés”.
     A cabeça do homem não funciona do mesmo jeito que a nossa:
Alguns tentam fazer crer que o homem que olha para uma mulher decotada (mesmo que seja pouco decotada) está errado, é tarado ou algo assim. Como se a cabeça do homem funcionasse de tal forma que este não prestasse atenção mesmo àqueles momentos nos quais a mulher, com um pequeno decote, se dobra para pegar alguma coisa e mostra assim parte do busto ou quando esta mulher sobe uma escada e deixa à mostra suas coxas e talvez até mesmo sua roupa íntima, porque a saia acima do joelho pode fazer esse tipo de coisa, e faz frequentemente principalmente quando é justa ou obviamente quando é mini. Outro dia vi uma atriz que usava uma saia assim e que teve que colocar os braços em cima das coxas de forma a prender a saia porque ao sentar a roupa íntima dela aparecia e os fotógrafos queriam a todo custo tirar fotos de sua intimidade. Ora, como é que pode uma roupa dessa ser adequada a uma filha de Deus? Com pode uma roupa desta ser modesta? Não pode, e além dela muitas mulheres católicas usam. Você pode até ficar na moda, ser “in”, ser alvo de fotógrafos, mas nada disso é modéstia, muito pelo contrário.
     O caminho da modéstia é diferente para cada pessoa. Mas deve ser trilhado, não importa qual dificuldade surja. É joelho no chão e muita oração! Temos que ter humildade, temos que buscar saber o que é realmente a modéstia e não ficar apenas naquilo que pensamos que seja. Temos a tendência a achar que se sabemos algo sobre um assunto, já está bom, afinal de contas tem gente que não sabe nada e neste caso estamos até em situação melhor que essas pessoas. Mas não podemos parar por aí. Temos que sair desse pensamento medíocre e tentar chegar mais adiante, subir mais alto. Somos filhos de Deus, fomos chamados a algo maior e não podemos simplesmente nos acomodar. Quem muito tem muito será cobrado. Ora, a Igreja nos dá muito e nós seremos cobrados por isso, seremos cobrados inclusive por não buscar saber. Sim, porque existe esta postura: a pessoa por medo de ter que deixar de lado certos costumes e gostos, deixa de procurar saber mais e se acomoda, fechando-se ao que outros têm a dizer, chegando ao ponto de tachar de “fanáticos” os que buscam se guiar pelo que diz a Igreja realmente. Mas tal postura não ficará impune, porque é dever do católico buscar entender os problemas com os quais é confrontado. Afinal de contas todos nós somos chamados à santidade e quem quer ser santo não se acomoda, pelo contrário, busca cada vez mais se entregar de verdade nas mãos de Deus.
     Hoje nós vivemos em um mundo tão conturbado, tão paganizado que ao fazermos algumas boas coisas dentro da Igreja (ir à Missa, rezar o Terço, jejuar, dar esmola…) já achamos que estamos fazendo muito. O pensamento é este: “Se todo mundo usa short e top decotado, qual o problema em que eu use uma saia acima do joelho, afinal estou mostrando só um pedacinho da coxa, mas à minha volta todos estão mostrando muito mais! Ora, então eu estou melhor, não é mesmo?” Podemos dizer que é melhor mesmomais pano do que menos. Mas é aí que você vai parar? Para o namorado que quer manter a castidade essa saia com um pedacinho da coxa de fora pode ser um problema e tanto. Afinal de contas, precisamos nos sentar e a saia vai subir, precisamos subir escadas e rampas, nos abaixar, enfim, ninguém usa uma roupa para ficar parada. Repito, a cabeça do homem não funciona do mesmo jeito que a da mulher. Coisas que não tem importância para nós mulheres, significam muito para eles. Não adianta querer mudar a natureza, não somos revolucionários, somos católicos e o verdadeiro católico tem que entender a realidade e não querer mudá-la a qualquer custo: “ora, se os homens se incomodam, que se mudem!” “se eles tem problemas com pernas e busto, que não olhem!”. Como se fosse assim tão fácil! Porque não parar e ouvir o que dizem os confessores e o que dizem os homens que buscam a santidade? Por mais que você pense que eles estejam errados ou exagerando, porque não parar para pensar no que eles dizem, no que santos como Padre Pio dizem?
     Todos nós temos responsabilidade sobre nossos atos e quem busca a santidade não pode se acomodar, não pode ficar no “mais ou menos”, tem que buscar o melhor. Sempre. Fácil não é, porque precisamos vencer nossos medos, nossos caprichos, nossos gostos. Mas com vontade de viver de forma pudica e modesta, a Graça “faz o seu trabalho”. Basta que deixemos.
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Notas: 
* Flancos: áreas laterais do corpo, na altura da cintura e rins.
** Esse artigo foi publicado originalmente no extinto site Moda e Modéstia e para esta republicação sofreu pequenas alterações.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

O que é Ser uma Mulher de Deus?

Por Jessica Doman, do Theology of the Body Evangelization Team



      Psst!! Você é uma mulher! Talvez você não pense muito sobre isso, mas você é uma mulher. Seu corpo tem um significado. Ele é nupcial, ele é chamado à comunhão. Se vivermos de acordo com o significado do nosso corpo, seremos felizes, se não, destruiremos a nós mesmas. Deus nos ama. Ele nos fez de certo modo para que sejamos felizes, então se vivermos de acordo com nossa feminilidade, seremos felizes. Seu corpo feminino fala de suadignidade. A feminilidade expressa o “humano” tanto quanto a masculinidade, mas de modo diferente e complementar. Qual o significado de nosso corpo feminino?

Nosso corpo fala algo sobre nossa alma

      Lembre-se que Deus nos ama. Se vivermos de acordo com nossa feminilidade, seremos felizes. Veja como homem e mulher se complementam. O homem é direcionado para o exterior (é o iniciador). Mulheres são direcionadas para o interior (receptivas), e recebem para poder dar de volta. O corpo feminino, diferente do masculino, foi criado com um espaço vazio em seu interior, para que seja receptiva e possa nutrir a vida. Seu corpo feminino revela a todos que a humanidade inteira é chamada a ser noiva. Jesus veio como homem porque Ele é o noivo, e a humanidade é a noiva – todos são chamados a receber a vida de Deus em nós, e fazê-la frutificar. O corpo da mulher dá vida ao plano de Deus.
Mulheres como modelo da humanidade

      Deus sempre se revela como noivo – a humanidade é fundamentalmente feminina com relação a Deus, ou seja, recebe o amor de Deus. Em troca, somos chamados a nos doar para Deus. As mulheres são o arquétipo da humanidade, o modelo para o qual toda humanidade é chamada a ser diante de Deus que cria a vida. Assim como toda mulher foi feita para receber o amor do marido, toda a humanidade foi criada para receber o amor de Deus.

A mulher como companhia do homem

      A mulher veio ao mundo como dom dado ao homem. Sozinho, o homem não realizaria completamente seu propósito. Ser companhia significa que a mulher ajuda o homem a descobrir sua própria humanidade. Ela mostra ao homem como fazer essa entrega sincera de si. Sem ela, o homem não compreenderia completamente o sentido de sua existência. Sela ela, ele estaria sozinho. Com a mulher, o homem aprende o significado da vida de união e comunhão através de um sincero doar-se a si mesmo. A união expressa o aspecto físico (duas pessoas – homem e mulher – pessoa e Deus), e a comunhão expressa o aspecto espiritual (um só Corpo em Cristo).

Maternidade física e espiritual

      O modo como nosso corpo feminino foi feito nos fala de maternidade. Basta pensar no útero, um espaço vazio no nosso interior, pronto para receber outra pessoa em nossa vida, e para nutrir a pessoa fisicamente e também em santidade. Nós desejamos profundamente a união, com o esposo e com o bebê no nosso interior, essa é a maneira com que Deus nos fez, diferente dos homens. Cada mulher é chamada a ser esposa e mãe, e trazer a vida para o mundo. Podemos fazer isso não apenas no casamento, mas também cuidando e nutrindo a vida espiritual, emocional, cultural, moral e física dos outros. Podemos fazer isso através de um sorriso, dando atenção a quem sofre, ensinando, cuidando dos doentes, rezando. Peça ao Espírito Santo para que lhe ajude a acolher outras pessoas em sua vida e ser espiritualmente frutuosa.

      Ao se doar aos outros no dia-a-dia a mulher realiza sua mais profunda vocação. Talvez mais do que os homens, as mulheres conhecem as pessoas, porque vêem com o coração...


Receptividade

Estamos falando muito sobre receber, mas não é um receber passivo, e sim ativo. Recebemos para poder doar em troca. Receber a vida de Deus, para levá-la ao mundo! A própria maneira como nosso corpo é formado fala de relação. Só conseguimos nos encontrar como pessoas quando nos doamos a nós mesmas – precisamos de pessoas para nos relacionar. Talvez a gente encontre mais mulheres na Igreja justamente porque a fé é a abertura e a receptividade do coração humano ao dom de Deus – e as mulheres sabem ser receptivas.

Maria, nosso Modelo

“Que se faça de acordo com vossa vontade”. Maria colocou-se nas mãos de Deus, e isso trouxe o Salvador para o mundo. Maria é o perfeito exemplo de frutuosidade. Essa recebeu o amor de Deus em seu ventre (em seu útero), e o trouxe para o mundo.

O ataque às mulheres

Se o inimigo quer nos manter longe do mistério de Deus, ele irá atacar a união sexual e a mulher. Por isso, os ataques à feminilidade e à mulher são tão fortes. Distorcer a imagem da mulher irá evitar que o amor e a vida possam vir ao mundo. A vulnerabilidade da mulher é sua necessidade de receber, e quando oferecem a ela algo que não seja amor, ela reage – reage à dominação do homem. As feministas reagem à dominação masculina (com certa razão), mas a igualdade na dignidade não quer dizer semelhança. Não precisamos nos tornar homens para ter dignidade – nós temos nossa própria dignidade.

O resultado do pecado original é que se tornou difícil ser imagem de Deus. O dom da fertilidade se tornou doloroso (“entre dores trarás teus filhos ao mundo”). Mulheres que rejeitam sua feminilidade vêem a maternidade como um peso ao invés de ver como bênção (isso pode levar a depressão, barreiras). Lembre-se, Deus nos ama, ser fértil, ser frutuosa, ser um dom, é a chave para a sua felicidade.

Hoje o corpo feminino é degradado, é usado para vender, como entretenimento, para o prazer. A sociedade sofre e se torna uma cultura de morte – a vida deixa de vir ao mundo.

Castidade

A mulher experimenta sua queda, ou sua fraqueza, como uma gratificação emocional às custas do homem, e o homem experimenta sua queda ou fraqueza como gratificação física às custas da mulher. Ou seja, as mulheres usam os homens para obter prazer emocional (se sentirem amadas e desejadas) e os homens usam as mulheres para obter prazer físico. É por isso que a modéstia no vestir é tão importante. Os rapazes estão lutando para permanecer puros – ajude-os a serem santos! Deixe-os ser verdadeiramente homens!

Sabemos que, como mulheres, não fomos feitas nunca, nunca para ser usadas como objetos para o prazer do homem. Quando nos vestimos provocantemente, permitimos que os homens nos usem. O mundo nos diz que namorar significa usar e se deixar ser usada. Não é assim.

O desejo de ser amada e estar próxima a alguém pode ser muito grande. Você pode sentir esse desejo, não tenha vergonha dele, nem o rejeite. Agradeça a Deus pelo dom de sua feminilidade, de querer amar como Deus ama. Peça ajuda para ser uma verdadeira mulher e mostrar ao homem como ser um verdadeiro homem.

Diga não para as mentiras do inimigo. “Você precisa se vestir provocantemente, ser sensual, para ser uma verdadeira mulher”. “Seu corpo é para o prazer do homem”. “Para ser igual ao homem, você precisa ser como um homem, livre da maternidade biológica”. “Suas emoções te fazem fraca e inferior”. Tudo isso são mentiras.

A Igreja deseja agradecer à Trindade Santa pelo mistério da mulher, e por cada mulher – por tudo que constitui sua dignidade feminina, pela grandeza da obra de Deus que tem se mostrado ao longo da história através dela.


terça-feira, 13 de janeiro de 2009


Como eu devo me vestir?

Garotas, da próxima vez que forem dar aquela última olhada no espelho... lembrem-se do que vou dizer... Vestir modestamente já é meio caminho andado para a castidade! É um elemento crucial quando se trata de vivê-la! Suas roupas dizem muito sobre você. De fato, muitas vezes você é julgada pela maneira com que se veste, antes mesmo que qualquer palavra saia da sua boca. É por isso que é tão importante pensar sobre a mensagem que você quer transmitir para as pessoas na hora que for escolher seu guarda-roupa.


Vestir de forma provocativa talvez dê aos rapazes a impressão que você acha que seu corpo é a sua única parte importante. Isso também vai levar os garotos a pensar que você está disponível no aspecto sexual. Pense sobre isso! Como você já sabe, homens e mulheres são diferentes. O que talvez você não saiba é que os homens são visualmente estimulados, enquanto as mulheres são emocionalmente estimuladas. Se um rapaz vê uma garota mostrando partes do corpo, isso pode despertar nele apenas desejos sexuais.

As mulheres querem que os homens sejam cavalheiros, que as respeitem, mas as mulheres também precisam respeitar os homens. Não é justo dizer uma coisa para um rapaz com a linguagem verbal, e então dizer outra coisa com a linguagem do corpo ou das roupas. Se você fez um compromisso de viver a castidade, vestir roupas curtas, provocantes ou transparentes vai fazer com que fique mais difícil atrair o tipo certo de rapazes.

Quando as pessoas escutam a palavra “modéstia” ou “recato”, normalmente pensam logo em roupas grandes que não são bonitas nem atraentes. Não é nada disso! Roupas modestas podem, na verdade, ser bem bonitas! Quando estiver pensando no que vestir, lembre-se de cobrir de forma adequada seu corpo, que é templo do Espírito Santo, e quando for comprar roupas, peça ajuda na hora de escolher. Por mais difícil que seja encontrar a peça certa, busque o que é melhor para você.