Nunca se pode avaliar uma relação pela intensidade dos sentimentos, porque eles vão e vêm, sobem e baixam.
Sentir-se apaixonado é emocionante, mas nunca se deve confundir a emoção com o amor. Por exemplo, um rapaz pode ter sentimentos verdadeiros por uma garota, mas isso não garante que ele a ame. A verdadeira medida do amor é fazer o bem à pessoa amada. Claro, isso não é fácil. Por isso o amor verdadeiro é algo escasso, e isso o faz mais belo e valioso.
O contrário de amar é usar. Por exemplo, os rapazes frequentemente usam as garotas para sua satisfação física, e as garotas usam os rapazes para sua satisfação social ou emocional. Mas nunca estão satisfeitos.
Tenho falado com milhares de alunas de colégio e de universidade e nunca encontrei uma garota sequer quer quisesse ter uma série de relações físicas. Mas encontrei, sim, um número incontável de mulheres que buscam o amor fazendo isso. Talvez estejam confundindo a atração física com o amor, ou buscam confirmar seu próprio valor, coisa que seus pais nunca lhes demonstraram. De qualquer maneira, essas garotas não encontraram o que buscavam.
Da mesma maneira, encontrei-me com “sedutores” que dizem que desejam saber como é amar a uma mulher em vez de usá-la ou de fazer-lhe mal. Não era sua intenção ferir as garotas, mas ninguém lhes ensinou como tratar as mulheres com reverência. Insatisfeitos com uma vida de “ficas” e sexo casual, no longo prazo se deram conta de que o conquistar uma mulher sexualmente era perder a razão pela qual são homens. Unicamente na entrega de si mesmos em um amor autêntico podiam se encontrar.
Se você vive uma vida sexual ativa e está tratando de descobrir se realmente é amor, faça a prova do amor. Retire a parte sexual de sua relação e viva a virtude da castidade. Quando passa a paixão sexual, se pode ver se havia amor desde o princípio, se lhe amam como pessoa. Não tenha medo de fazer isso, porque somente quando o amor é colocado à prova é que se pode ver seu verdadeiro valor. (1)
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(1)Karol Wojtila, Amor e Responsabilidade (San Francisco, Ignatius Press, 1993), p. 134.
Trecho do livro “Amor Puro”, de Jason Evert. San Diego: Catholic Answers, 2007.
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